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Indústria investe no Espírito




Há cerca de 30 anos as Indústrias Ypê investem na qualidade espiritual dos seus funcionários. Todos os anos, em data próxima aos feriados do Carnaval, quando Raul Teixeira visita a região do Interior de São Paulo, onde se localiza a citada indústria, é convidado pelos proprietários para proferir palestra para seus mais de 1.200 funcionários.

No auditório improvisado, os operários vão se acomodando, misturando-se com os funcionários da área administrativa para ouvir, atentos, as palavras doces do professor Raul Teixeira.

Ali se reúnem pessoas das mais variadas crenças religiosas, de níveis sociais diferentes, de raças distintas, para um convite ao bom ânimo, ao amor à vida e para refletir sobre as bênçãos que Deus concede a todos os filhos Seus.

Na tarde de sexta-feira, dia 20 de fevereiro, Raul iniciou sua fala enfatizando que todos, indistintamente, somos filhos de Deus. Lembrou que, não obstante as variadas problemáticas que nos visitam com constância, nós temos justos motivos para agradecer pelas muitas bênçãos que recebemos do Criador.

Um único fato, comum a todos os que ali estavam, já seria suficiente para dar graças a Deus: estar em condições de saúde para trabalhar, e ter um emprego.

Sim, enquanto as estatísticas apontam os altos índices de desemprego, todos eles estavam empregados. Todos gozavam da possibilidade de obter o sustento através da abençoada oportunidade do trabalho digno.

Utilizando-se do jargão popular muito usado nos dias atuais: “o mundo está perdido”, Raul enfatizou que o mundo não está perdido. O mundo está na mais perfeita harmonia. O Sol cumpre sistematicamente o seu papel, sem alarde. A Terra oferece todos os recursos da sua intimidade que possibilitam a vida das criaturas, em constante harmonia. As sementes germinam, a floração acontece, os rios seguem seus cursos e os animais atendem os objetivos que o Criador estabeleceu, com equilíbrio harmônico.

Portanto, o mundo não está perdido. O homem é que está perdido. O homem é que se esquece da sua condição de filho de Deus e se debate na busca de ilusões que mais o distanciam da felicidade almejada. Esquecido da sua perfectibilidade, o ser humano se atormenta e se envilece, e acaba se precipitando nos despenhadeiros dos mais variados vícios.

O público, tão heterogêneo quanto numeroso, acompanhou a fala do professor Raul Teixeira com visível interesse.

Ao término da palestra os industriais sortearam, pelos números dos crachás, dezenas de livros espíritas psicografados por Raul Teixeira e Divaldo Franco.

Cada um, com seu precioso brinde nas mãos, os ouvintes formaram extensa fila para apertar a mão do orador e colher um autógrafo, antes de voltar ao trabalho.

Para os empresários que costumam levar sempre em conta o custo-benefício em todos os seus empreendimentos, certamente uma hora e meia com todas as máquinas paradas seria um enorme prejuízo, considerando-se que essas horas somadas ao longo de 30 anos totalizam um número aproximado de 45 horas de paralisação. Isso certamente representa também uma grande importância em reais.

Mas, quando alguém questionou o jovem industrial sobre essa questão, ele sorriu, como querendo dizer que isso tudo não tem mais importância do que investir na renovação da esperança de um ser humano. Essa herança ele recebera do pai, já desencarnado, que foi um grande homem e que legou aos filhos essa grandeza de alma, a de pensar mais no ser humano do que nos lucros.

Fonte: Jornal Mundo Espírita - março/2004