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Morte e mérito


Vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
- Jesus –
Jo. 10:10.

Por certo enches-te de amargura, ao recordares os teus amores que seguiram as aléias da desencarnação, no momento do impacto emocional que te marcou o ser...

Nada mais compreensível e natural, quando não te achas familiarizado com a certeza de que morte é vida que se exprime em nova dimensão, recebendo em seu bojo os que concluíram seu estágio nos campos do mundo material.

Salvo os casos em que a criatura, atormentada por múltiplos e infortunados motivos, é levada à provocação da morte do próprio corpo, os que mergulham nas águas do rio da morte, lograram-no em razão das leis do mérito que as beneficiou com a necessária e merecida libertação das conjunturas carnais.

Assim, será sempre de bom alvitre que não te amofines na angustiosa ansiedade por partires também. Não te rebeles contra as Divinas Leis que mantêm-te ainda no chão da Terra.

Quando pensares nos entes amados, trespassados, ama-os com a tua oração e presenteia-os com as mais vívidas, ternas e nobres memórias, com as quais conseguirás levar-lhes o buquê da tua ternura com o perfume da tua saudade iluminada pela fé nos desígnios do Criador.

É válido que, agora, quando o tempo avança, mostrando-te os diversos setores de serviços que podes executar, no bem, que os executes, então, dedicando a eles, teus mortos que vivem, o melhor dos teus empenhos fraternais.

Faze-te amigo de alguém, sem nada exigires em troca; torna-te responsável pelo pão diário de uma criança, com alegria; atende a um enfermo com singela fruta ou com a refrescante presença da oração, sem temores desnecessários; visita um nosocômio qualquer, num dia ou hora em que possas, fazendo a alegria dos que jazem sem ninguém, em sofrimento, dia-após-dia; leva um sorriso fraterno e sincero a um presidiário, para que ele sinta o perdão de Deus por meio da tua ação; compra um medicamento para alguém que não o possa adquirir, embora dele careça; agasalha um corpo tiritante de frio com a veste ou a coberta que repousam sem utilidade em tuas gavetas. Faze estas coisas em louvor deles, os teus mortos queridos.

Aprovisionando tantas bênçãos em teu coração, em nome dos teus amores, com toda certeza te prepararás muito bem para que os embates do mundo não te infelicitem, nem te destruam na amargura, tampouco te deixem descoroçoar diante das mais diversas ou conflitivas situações. Assim, então, verás o tempo passar sem te apartares do trabalho do bem, vivendo em abundância, valendo-te das oportunidades valiosas da existência corporal, até que adquiras, igualmente, ao largo dos dias, o mérito para retornares ao clima dos teus vínculos amados, com paz e alegria, pelo dever cumprido, nas regiões do Mais Além.

Camilo

Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, em 07.07.1988, na Sociedade Espírita Fraternidade – Niterói – RJ.

Publicada no Jornal Mundo Espírita de novembro de 1988.